Oi pessoas,
Desculpem a ausência, foram
tantos acontecimentos, bons e ruins, que nem sei se conseguirei expor tudo. Vou
tentar dividir a postagem em tópicos diversos.
Está tudo bem e em paz, graças a
Deus. Estamos nos esforçando cada dia mais para acertar. E tenho fé de que
vamos conseguir. Vamos lá...
“A história de nós dois”
Quem me acompanha aqui sabe que
eu e meu amor tivemos um ‘lance’ há mais de 10 anos atrás (nada sério, porém
marcante para mim), naquela época não era nada sério, então não houve uma
rotina entre nós dois, não nos conhecíamos profundamente. Reencontramo-nos no
final de 2010. Estamos juntos desde então.
Passamos por momentos dificílimos
juntos. Sua fase ativa de adicção me deixou muito mal, e quase fui para o fundo
do poço junto com ele.
Foram noites e mais noites sem
dormir, apenas orando a Deus para que ele chegasse vivo em casa e não
machucasse ninguém enquanto dirigia naquele estado descontrolado. E depois de
cada recaída vinham as promessas, que nunca eram cumpridas. Lembro-me que
quando as últimas recaídas aconteceram, eu já nem sofria tanto mais, era apenas
um sentimento de raiva misturado com frustração, sei lá...
Bom, como precisamos ver o lado
bom dos fatos, pelo menos aprendi a ser menos boba e a estabelecer limites a
mim mesma. E estou tentando colocar em prática o que aprendi.
“Superação”
Superei tudo. Quando resolvi
aceitar reatar o namoro, em junho deste ano, decidi colocar uma pedra em cima
de tudo que passou. Só assim seremos capazes de construir uma relação em terreno
firme. Toda aquela dor e aquelas lembranças horríveis não me atormentam mais.
Não uso o passado como arma durante uma discussão. Não posso fazer isso, pois se
eu agir assim estarei abrindo feridas em ambas as partes.
Não vale a pena!
Eu sempre tive uma capacidade de
superação da dor muito grande. Aprendi isso no relacionamento difícil que tenho
desde a infância com minha irmã. Crescemos brigando, ela me ofendia e depois
ficávamos bem. E é assim até hoje. Eu, simplesmente, aceitava. Achava que era
melhor fingir que nada aconteceu e viver bem. Não sei até onde isso é saudável!
“Mas as palavras tem poder”
Ultimamente estamos tendo brigas
que começam a partir de divergências e discussões bobas e acabam tomando uma
dimensão maior do que deveriam.
Isso dói!
Dói mais ainda saber que
superamos coisas tão piores, mas estamos nos machucando por infantilidades e
egoísmos.
Dói...
Dói saber que nosso amor é
verdadeiro e sagrado, mas mesmo assim não estamos acertando em detalhes.
Dói quando ele fala coisas para
me ferir...
Nesse ponto ele é cruel. Sei que
o que diz não é o que sente. Sei que ele se arma para me machucar e finalizar a
discussão. Mas isso não é justo.
Sei que tenho cometido muitos
erros também, como minhas inseguranças e as oscilações de humor que andaram me atormentando, mas esse erro, de ser cruel, eu não cometo.
O poder das palavras é enorme, e
por mais que não tenham o real significado, ficam cravadas em nosso coração.
Dói ter a consciência de que
passei por cima de tantas coisas piores, mas ele não tem se esforçado para
superar coisas pequenas. Qualquer coisa o leva a perder a paciência e ele
desconta em mim com atitudes cruéis. Dói...
Dói quando faço tudo para tentar
acertar, meço as palavras, me esforço para não falar além do que devo, quando
tento lembrar das coisas que ele gosta, quando tento agradar, mas um pequeno
deslize coloca tudo a perder.
Depois ele se desculpa, diz que
não falou de verdade, que arrependeu-se, que me ama muito e que sabe que Deus
nos quer juntos. Mas mesmo assim ele me machuca.
Dói...
Mas algo me surpreendeu muito na
última briga.
Já era madrugada quando eu ainda
tentava mostrar-lhe como ele anda tendo atitudes egoístas, como se apenas sua
vontade tivesse importância. E suas palavras antes de sair do quarto foram:
“Eu até gostaria de me
desculpar, mas não sinto essa vontade...”
Minutos depois ele retornou e
pediu que orássemos juntos. Isso nunca havia acontecido.
Ele dirigiu toda a oração, com
palavras lindas de submissão a Deus.
Tomei posse, mas confesso que me
peguei pensando em até quando esse sentimento de submissão irá durar.
Estamos bem desde então. Em
sintonia. Em paz!
“O trabalho”
O terapeuta acha que ele está
usando o trabalho como fuga, como aceitação social. Sua dedicação está grande
demais, e ele está deixando as reuniões em segundo ou último plano. E aceitação
social não é recuperação.
Outro dia ele falou de forma
agressiva que para ele a única coisa que importava era o trabalho dele. Isso me
incomodou demais. E também doeu!
Desde então, resolvi colocar nas
mãos de Deus, que sabe de todas as coisas.
Todos sabemos que estar limpo é
diferente de estar em recuperação. Estou tentando arregalar meus olhos quanto a
isso e pergunto-me se ele, no momento, apenas está se mantendo limpo.
Tenho medo de descobrir a
resposta correta, que às vezes me vem positiva, e às vezes me vem negativa.
Muitas de nossas brigas
aconteceram por causa de seu trabalho, e por isso ele acha que eu não entendo,
não me orgulho e não respeito.
Isso dói também, pois eu tenho
sim, muito orgulho dele e de sua dedicação. Fico toda boba ao vê-lo sair de
casa com uma postura tão diferente do passado. Fico muito feliz ao ver algum
cliente mandando mensagens de agradecimento, ou confiando a ele situações
delicadas.
O que não acho justo é o fato
dele impor situações sem considerar meus compromissos ou sem sequer se
preocupar se tenho algo a fazer.
Parece que o fato de o carro ser
meu está sendo um peso para ele, e por isso se sente dependente de mim, e acaba
descontando em mim alguma frustração perante isso. E então ele fala como se eu
não me orgulhasse dele.
Justo eu, que me disponho, por
amor e alegria, sempre a estar com ele, em qualquer momento. E ele está vendo
como se eu fizesse isso por piedade, sei lá...
Ser prestativa é uma qualidade
que tenho. Tantas vezes saí de casa para atender alguma amiga ou alguém, sem
nunca cobrar nada em troca. Faço por amor, por achar que não me custa nada, por
saber que se me solicitam é porque estão precisando. Gosto de ser útil, e quem
me conhece sabe disso. Mas ele está vendo da maneira errada. Conversamos sobre
isso e acho que foi produtivo. Expus meus sentimentos e pensamentos, e
disse-lhe que me importo sim com o reconhecimento que ele está recebendo,
apenas quero que ele tenha o cuidado de priorizar somente o trabalho e esquecer-se
do restante.
“Não deu certo”
Ser fofoqueira não deu certo...
Perante os últimos fatos, concluí
que eu estava certa quando achei que não deveria me meter em sua recuperação
cobrando dele a presença nas reuniões.
Sei que elas são de uma importância
enorme, e sei que tenho o direito de sinalizar certos pontos, mas não
posso obrigá-lo a ir se essa não for a escolha dele.
Ele já tem idade para saber o que
é certo e errado, para saber o que é bom ou ruim para ele. Ele precisa das
reuniões, isso é um fato, mas não sou eu que devo dizer isso a ele, pois ele
tem ciência disso melhor que eu.
Nossas brigas aumentaram depois
que comecei a cobrar dele, assim como o terapeuta me orientou a fazer.
Ele ficou irritadíssimo comigo.
Deu tudo errado!
Ele me machucou demais em uma
partilha dizendo que o padrinho havia me mandado agir assim e eu o estava
amolando. Senti-me exposta como uma bruxa má. Chorei!
E então, mesmo ferida e com a
certeza de que ele foi imensamente injusto em suas últimas atitudes comigo, me
coloquei no lugar dele. Também não gosto de fazer algo por imposição, acho que
ninguém gosta. E acabamos fazendo apenas porque fomos obrigados a isso, e o que
poderia ser maravilhoso acaba se tornando um fardo.
Quando eu era criança, meu pai me
obrigava a comer feijão, e eu detestava. Ele não me deixava levantar da mesa
enquanto eu não comesse tudo. Era horrível para mim, a comida esfriava, eu
chorava, mas ele ficava irredutível. Resultado: tomei trauma e até hoje não como
feijão!
Não vou me meter nisso mais, não dessa
maneira. Muitas vezes tenho vontade de falar algo, mas estou me segurando. Não será
minha postura ‘ditadora’ que irá impedi-lo de voltar para as drogas.
As coisas melhoraram muito desde então,
nossa sintonia está voltando.
“As estações sempre nascerão”
Padre Fábio de Melo tem uma canção
que se chama ‘As estações da vida’ que diz assim:
‘...Vida, tua cor colore o céu
Vida, teu calor acende a luz
Tece a melodia e deixa teu
sinal, onde o vento canta ao sol
Sombras se dissipam e se vão quando
se demonstra o teu poder
Alma do universo, expressão de
Deus, digo sim ao teu querer
Mesmo que hajam forças contra
ti sempre nascerão as estações
Incansável luta, não te cansarás
eu sei que sobreviverás...’
Estamos numa fase difícil. Achei que
viveria minha primavera linda e alegre, mas as outras estações também fazem
parte do ciclo.
Dias chuvosos também são importantes,
pois a terra precisa da chuva para dar boa colheita. No outono as noites são mais
longas, as temperaturas mudam bruscamente e as folhas das árvores não estão tão
bonitas, ficam amarelas. Mas isso é a característica que indica a passagem das estações.
E é essa época que oferece as melhores colheitas, ou seja, tudo é necessário.
Sei que ele também sofre quando não
estamos bem. E é por isso que vamos conseguir acertar juntos.
Um excelente domingo e ótimas próximas 24 horas a todos...
Beijo grande
Torço por você sempre amiga!
ResponderExcluirDeus sabe de todas as coisas...
Nova fase pra você, se agarre nas novidades da sua vida,saudadess...
Ah, quinta tem palestra no AE, vou te esperar...
Beijinhosss
Pois é Flor..nem tudo são flores, né?
ResponderExcluirA primavera é linda, mas como vc mesmo disse existem outras estações, que tbm tem seu encanto por sinal, pois de tudo sempre tiramos um aprendizado... A vida a dois tem seus altos e baixos, o importante é tentar contornar as situações, e nada mais eficaz que o dialogo, um casal tem que dialogar, dizer o que nao ta legal, tentar mudar as atitudes, procurar melhorar, tente conversar Flor, tentem se entenderem !!!
Tamujuntas, viu?!!! bjs
Passando para lhe desejar uma excelente semana e bons momentos! =)
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