quarta-feira, 1 de outubro de 2014

38 flores para mim e para você

30 de setembro...
Essa postagem era para ter sido ontem, mas infelizmente não consegui...

38 anos...
Nossa, 38 anos!

Desde criança escuto a expressão: "Parabéns, mais uma flor colhida no seu jardim!".
Eu gostava de ouvir isso, achava bonitinho e simpático (e ainda acho!).
Talvez por isso desde muito tempo simpatizo com as flores e com a mais linda das estações.
São 38 primaveras. Muitas delas vividas por viver, e muitas outras buscando por ela.
Mas, finalmente, estou vivendo a primavera sentindo-a, respirando-a...

Ontem foi meu aniversário e eu adoro comemorar aniversários. É uma data nossa, é quando o nosso ano realmente começa.
Ontem eu senti uma paz tão grande, me senti tão grata por tudo, senti tanto amor por mim. Meu dia foi maravilhoso e abençoado.

Eu estava exausta no fim do dia, mas a minha felicidade foi capaz de superar tudo.

E hoje vim aqui para falar dessa felicidade, que é fruto da liberdade que sinto no meu coração para viver por mim mesma.

Sinto-me livre para ser quem eu sou, para expressar minhas opiniões, para deixar claro o que gosto e o que quero.
Sinto-me livre para escolher minha pizza preferida, para dormir em paz, para dançar etc.

Não que antes, quando estávamos juntos, eu não fosse livre, não que antes ele me privasse de sentir isso, não que antes tudo estivesse errado.
Não é nada disso.

Mas acontece que passei a vida aprisionada em mim mesma, aprisionada na codependência, o que me levou a viver em função do bem estar dele, e de qualquer outro ser que respire, e abrir mão de mim mesma, de minhas vontades.

A relação com ele nunca foi um fardo para mim, e nem o culpo por nada. Eu vivi intensamente essa história por escolha e decisão minha e de mais ninguém, e não me arrependo de um segundo sequer.
Ao contrário! Como sempre digo, sou grata, pios hoje sou alguém infinitamente melhor.
Aprendi muito, cresci...

Mas hoje estou livre da prisão na qual eu mesma me trancafiei.

Minha vida está tão leve, tão cheia de coisas boas, tão serena...
E devo isso a um Programa de Recuperação que me ensinou, verdadeiramente, a entender que tenho ao meu lado um Poder Superior maravilhoso, que me ama incondicionalmente e que quer apenas o melhor para mim.

Passei minha vida permitindo-me ser sequestrada de mim mesma.
Padre Fábio de Melo chama esse tipo de comportamento, típico dos codependentes, de "sequestro da subjetividade". Ele, inclusive, tem um livro com esse nome.

A verdadeira liberdade só existe quando eu sou livre para amar primeiramente a mim mesma para depois aprender a amar o outro.

O "sequestro da subjetividade" é quando eu me permito ser roubada pelo outro, ou seja, abro mão de ser quem eu sou e vivo uma eterna renúncia. Entrego-me ao outro integralmente e esqueço de mim. Entretanto, na verdade só posso me dar ao outro se eu for dona de mim, se eu descobrir quem eu sou e do que eu gosto. Alguns relacionamentos nos levam a viver assim, presos, sequestrados, num eterno cativeiro.

Eu não era livre, eu estava sequestrada e presa nesse cativeiro.
Porém, saliento que, no meu caso, o sequestrador não era ele. O sequestrador era eu mesma

Era fato que alguma coisa estava errada!
A condição que eu dei para que nosso amor existisse foi a de abrir mão de ser quem eu sou de verdade, ou seja, o sequestro da subjetividade aconteceu comigo.
Abri mão de ser quem eu era!

Eu perdi minha capacidade de ser independente.  
Perdi a capacidade de sentir o perfume das flores que Deus me ajudou a plantar, adubar, regar e colher.

E foi o programa me ajudou a sair do cativeiro.

E por isso, a liberdade grita eufórica dentro de mim.  

A liberdade interior que tenho aqui no peito me colocou em paz com a vida, o que me deixou mais leve. Hoje sou capaz de perceber o que realmente importa. Hoje tenho a necessidade de ter meu espaço e de viver a minha vida.

Só por hoje, minha primeira responsabilidade é cuidar de mim mesma!

E estou cuidando.
Recebi muitas demonstrações de amor e carinho por mim ontem. E foi maravilhoso.
Dormi em paz, tranquila, serena...

Muita gratidão por ter saído desse cativeiro!

No mais, desejo paz e serenidade.
Desejo que cada um daqueles que ainda está vivendo o sequestro da subjetividade consiga superar e lutar para sair do cativeiro, assim como eu fiz.



"... É sequestro da subjetividade tudo aquilo que nos priva de nós mesmos. Até mesmo nas pequenas realidades, as mais simples, há sempre o risco de que estejamos abrindo mão de nossos valores em detrimento da vontade de sequestradores que em nada estão comprometidos com nossa realização humana.
É sequestro da subjetividade todo o processo que neutraliza e impede o ser humano de conhecer-se, passando a assumir uma postura ditada por outros. É sequestro da subjetividade a projeção da vida humana em metas inalcançáveis, costurada à mentalidade de que as pessoas são perfeitas e que há sempre um final feliz reservado, pronto para chover do céu sobre nossas cabeças..."


2 comentários:

  1. Felicidades nesse novo ano, que aproveite e viva SUA vida de forma que lhe faça a cada dia mais feliz :)...bjus

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  2. Que liiindoo!!! Parabéééns flooor!!!
    Uma nova fase que se inicia, e espero mesmo que vc continue a receber os mais lindos presentes de Deus porque vc merece toda felicidade do mundo!! E de preferência sem novos sequestros... rsrsrs
    Bjo querida,
    Ah e só mais um detalhe lindo, vc nasceu um dia antes do dia de Santa Teresinha! Espero que tenha recebido muitas flores ontem! :)
    Grande abraço! Vida nova!
    Cris

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