quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Emoções e solidão...

Oi oi oi oi...

Hoje é quarta-feira e meu amor já está na casa da mãe dele, e dessa vez, ele só volta para a instituição para receber a alta, que será na sexta-feira, ou para visitar os amigos que deixou lá.
Nos falamos a pouco por telefone, a saudade é grande e o amor também!

Meu dia foi agitado, como tem sido sempre ultimamente. Passei a tarde no apartamento tentando acertar mais algumas coisas, pois resolvemos que vamos para lá mesmo sem estar pronto (a mini obra virou uma novela de horário nobre!). Já levei algumas roupas e objetos pessoais, tanto meus quanto dele.

Felicidade...

Essa semana contrariei o jeito "Flor" de ser e não fiquei nada ansiosa, confesso que até estranhei isso em mim. A semana está passando rápido e o que eu estou sentindo é uma emoção muito forte, aliada a uma alegria e a uma certeza de que o milagre aconteceu.
Não sei explicar!

Chorei várias vezes desde ontem. Fui dormir aos prantos, e pela manhã, quando me dirigia para o trabalho também não consegui segurar as lágrimas, que foram de alegria, de emoção, de compaixão... Chorei por tudo, menos por tristeza!

Isso porque ontem recebi um email de uma amiga muito querida dizendo que faria alguns docinhos especiais para meu 'aniversário-chá-de-panela', que será no sábado lá na casa nova. Ela demonstrou estar tão empenhada em me ver feliz independente de qualquer coisa, em me ajudar a deixar a festa mais bonitinha (porque será tudo bem simples), em me agradar e me presentear, que não consegui me conter. Eu chorava como criança e agradecia a Deus.

Como já disse em outros posts, enfrentei tudo muito sozinha, não havia com quem conversar. Minha única amiga que me acalentava também estava cheia de problemas e eu não achava justo incomodá-la. As outras não moram mais aqui na minha cidade, e por não saberem de tudo que passei (pois eu omitia), ou por não saberem como lidar com isso mantiveram-se, e ainda se mantém, em silêncio.

E o silêncio é barulhento para mim, e me machuca às vezes.
A falta de comentários, de questionamentos, de um simples telefonema perguntando "como estão as coisas, e os preparativos?".
Isso me deixa meio melancólica.
Mas, graças a Deus, esse incômodo é raro de acontecer. E consigo não permitir que ele me machuque de forma muito profunda.
Consigo tirar a dor de dentro de mim, baseando-me no fato de que, para quem não vive essa situação, é muito complicado entender e opinar sobre o assunto.
Não tenho rancores ou mágoas de ninguém, por mais que às vezes me sinta só na minha felicidade. Sei que elas me amam e querem meu bem, e é isso que importa.
Amadureci com essa solidão também.

Então, ao ver o empenho de minha amiga para alegrar minha festinha singela, em um momento que eu nem esperava, eu não dei conta, e desabei de emoção.

Estou muito feliz e encantada.

Ao longo de minha vida, diversas vezes achei que vim ao mundo para dar errado, para não ser feliz como eu desejava ser, que eu não era merecedora de coisas boas, e ainda que eu não deveria ter sonhos pois eles não se concretizariam.
Eu cheguei a supor que minha oração pelo meu amado não chegaria a Deus, pois eu não era ninguém tão especial assim para ser atendida por Ele.
Enfim, passei grande parte da minha vida menosprezando a mim mesma, mas Deus é tão perfeito que me mostrou no meio de uma forte tribulação quem eu era, e que eu estava completamente enganada em tudo. Ele me provou que o amor e a oração, associados ao desejo de mudança, tudo podem.

Estou vivenciando um milagre maior quer tudo que imaginei viver.

Partilhei sobre isso hoje na reunião do grupo de mulheres Juntas Podemos Mais.

Aliás, a reunião foi deliciosa, estava bem mais cheia que na semana passada (estamos crescendo!).

Foi falado sobre o instinto natural da mulher em ser dominadora e dona das situações. Sobre como podemos sufocar àqueles que estão ao nosso redor (adictos ou não) com o nosso desejo absurdo de superproteger.
Que quando pensamos que estamos conseguindo controlar nosso "alvo problemático", na verdade, é ele quem está nos controlando.
Controlamos seus horários, seus afazeres, sua alimentação, suas vontades, etc... Ou seja, deixamos de viver nossa vida para viver em função da vida dele, de seus problemas.
Sendo assim, quem, verdadeiramente, está no controle?
Certa vez minha psicóloga me alertou quanto a isso, dizendo-me para ter muita cautela, pois eu deveria ser a mulher de meu amado, e não a mãe.

Isso é péssimo, é sofrido, é codependência.

Depois do encontro, fui dar carona para algumas meninas e passamos lá no apartamento para elas conhecerem, e todas adoraram.

Está chegando a hora de meus sonhos se realizarem... Na verdade, acho que os sonhos já estão se realizando...
E eu só tenho a agradecer pelo homem novo que Deus preparou para viver ao meu lado.

Um comentário:

  1. Aaaaaah Flor sua festinha vai ser 2linda por isso mesmo, por ser singela e por sabermos todo o significado que existe por trás.
    Eu também já pensei que Deus não me ouvia e já me perguntei várias vezes onde estava Deus(que pecado horrendo), mas é exatamente o contrário, Deus nos acha pessoas tão capacitadas e fortes que permite que passemos por certas situações complicadas, Ele confia em nós e sabe que aguentamos, até porque quando a cruz se torna muito pesada Ele nos envia anjos para nos ajudar a carregar, por exemplo, as amigas dos grupos de apoio. Gostei muito de te conhecer e gosto muito do seu jeito prestativa de ser e principalmente por fazer questão da minha presença, me sinto tão bem por isso.
    Beijinhoss.Deus te abençoe!

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