sábado, 11 de agosto de 2012

Linhas tortas...

Boa tarde!
A ausência desses dias já estava me incomodando...

Muita coisa aconteceu nos últimos 15 dias. Foram momentos ruins, difíceis, fortalecedores e que proporcionaram muito crescimento e amadurecimento...

Fui surpreendida com uma infecção grave nos rins, que começou a dar sinais visíveis na segunda-feira, 30/8, e acabei sendo internada na sexta-feira, 3/8. Permaneci no hospital por sete dias!
Um turbilhão de coisas passou pela minha cabeça quando descobri que teria que ficar internada sem previsão de alta.
Era sexta-feira, dia em que ele sairia da clínica para mais um fim de semana em casa (fase da reinserção). Eu já não estava conseguindo trabalhar pela manhã desde a quarta-feira, e lembro-me que liguei dizendo que não sabia se conseguiria encontrá-lo naquele dia, eu chorava muito ao telefone.
Senti muito medo de que algo muito ruim estivesse por acontecer, medo de perdê-lo, de não poder viver tudo que sonhei que viveríamos juntos.
Cheguei, sim, a achar que talvez fosse a hora que Deus me quisesse junto Dele, que talvez minha missão já tivesse sido cumprida.
Não sei os motivos de tanto medo, mas eles me atormentaram até cerca de três dias após a internação.

Meu amor chegou ao hospital à noite, e não saiu mais do meu lado por nenhum instante.
Na primeira noite minha mãe ficou muito apreensiva, sem saber se poderia confiar minha fragilidade a ele, depois de tudo que havia acontecido. Eu estava muito debilitada, mal conseguia andar.
Até aquele momento eles ainda não haviam, verdadeiramente, se encontrado, e ela ainda tinha muitas reservas com a nossa relação, como eu já disse anteriormente.

Com muitos receios, ela cedeu e deixou que ele ficasse comigo. E assim foi por todos os longos sete dias que permaneci lá.

Um dia eles saíram sozinhos para comprar uma medicação específica para minha enxaqueca, que também resolveu me visitar. E ele se abriu, arrancou suas máscaras e disse que não queria fingir que nada havia acontecido, que sabia que havia sido um canalha.
"Eu sei que não tem desculpas para o que eu fiz, nada justifica... Eu não amava sua filha, porque eu não não amava nem a mim mesmo"

Minha mãe é muito séria e centrada, ouviu e, como uma boa matriarca, falou tudo que achou que deveria falar, mas não foi grosseira, apenas disse a verdade.
"Não se atreva a fazer minha filha sofrer de novo"

Mas Deus é mesmo muito perfeito... A história de que Deus escreve certo por linhas tortas se encaixou perfeitamente em tudo que vivi esses dias.
A reaproximação dos dois, em virtude das circunstâncias, acabou acontecendo de forma natural. Ela conseguiu perceber mudanças nele.
Mas é claro que ela ainda está em vigília, e permanecerá assim por muito tempo. Isso é natural e ele já compreende.

Foram muitos dias juntos... Passamos por várias fases.
Em alguns raros momentos, de forma branda, perdemos a paciência um com o outro, mas logo percebíamos que era por tensão com a situação.
Conversamos bastante sobre absolutamente tudo que estamos vivendo.
Fizemos planos, sonhamos juntos com nosso futuro lar.
Contrariamos as regras do hospital e, eventualmente, deitávamos juntos com ele tentando me acalmar.

Por muitos momentos, minha consciência pesava por saber que a irmã dele, o cunhado e os sobrinhos vieram passar o fim de semana, mas ele não aproveitou como deveria os momentos em família.
Sofri bastante também vendo-o toda noite deitar-se no chão, ao meu lado, sem o mínimo conforto, e dizendo que o que importava era que ele estava ali comigo.
"Eu disse que cuidaria de você..."

Chorei muitas vezes de angústia. E ele também chorou outras tantas. Dizia que eu não merecia passar por aquela dor. Ele orou por mim, e disse que me amava.
Algumas vezes sentia-se culpado, por saber que aquilo tudo poderia ser consequências do estresse que vivi. Eu tentava retirar o peso da culpa das costas dele, mas perecia ser em vão.
Seus olhos lacrimejaram diversas vezes. Ele dizia que às vezes não entendia certas maneiras de Deus agir.

Confessamos muitas coisas um ao outro, e descobrimos que nosso amor é verdadeiro, e que por isso fomos capazes de superar situações extremamente delicadas, inclusive sobre coisas de nosso passado. Conseguimos colocar Deus entre a gente, o que nos fortaleceu.

"Você é a mulher da minha vida..."

Descobrimos que a gente se encaixa em tudo... Até mesmo no café com leite... Eu gosto de muito café e pouco leite, e ele gosta de mais leite que café... Ou seja, quando chegava o lanche da manhã ou da tarde, a quantidade que vinha dava para dividir direitinho entre a gente!! rsrsrs

Estou em casa, graças a Deus! Recuperada e pronta para voltar a minha vida normal...







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