domingo, 12 de agosto de 2012

Fim da folga!

Domingo...

Está chegando a hora de voltar a realidade.
Passamos dez dias juntinhos e grudados, mas amanhã volto ao trabalho e a vida normal. Por mais que a maior parte desses dias tenham sido sofridos e difíceis, ainda assim foi muito bom.

Só para explicar: no dia em que fui internada, era dia dele ir para casa passar o fim de semana com a família, mas ele foi ficar comigo no hospital. Ele deveria retornar ao Centro Terapêutico na segunda-feira cedo, mas o terapeuta da instituição (e padrinho dele) disse-lhe que ele só sairia do meu lado quando eu recebesse alta e estivesse bem. Que ele deveria ficar comigo, e depois, de alguma maneira, esses dias serão "pagos".
E assim foi!

Eu me senti constrangida por ele não ter ficado ao lado da irmã, que veio para vê-lo, mas ela me mandou um torpedo dizendo "Eu nunca vi meu irmão tomar conta de outra pessoa".

Penso que o terapeuta tenha feito isso para que meu bem entendesse o sentido e o valor de uma relação a dois, ou seja, compreendesse aquela velha frase "...NA ALEGRIA E NA TRISTEZA, NA SAÚDE E NA DOENÇA, POR TODOS OS DIAS DE NOSSAS VIDAS..."
E acho que ele compreendeu sim.

Como eu disse no post anterior, Deus escreve mesmo certo por linhas tortas, e o balanço final dos últimos dias foi extremamente positivo. Minha mãe já está bem mais leve.

Ontem ele foi até ela para entregar-lhe R$ 50,00 referentes ao dia fatídico da recaída, mas ela recusou-se a aceitar e disse-lhe "Eu não quero dinheiro nenhum, quero apenas que você faça minha filha feliz e não minta mais para ela".

Eles estão bem um com o outro. Ela parece que está voltando a confiar nele.
Como saí do hospital na sexta-feira, ele pediu autorização de minha mãe para vir para casa dela e ficar comigo, e ela aceitou. Na verdade, foi meio que uma duplicidade, ao mesmo tempo em que ele pediu, ela também o convidou...

Levei-o para conhecer o apartamento novo para ele ver como estão as obras e ele ficou muito entusiasmado, fizemos mais planos.


Ontem a noite saímos os três, eu e ela fomos à missa, e ele ficou na reunião de NA. Na volta para casa ele contou algumas coisas para ela, explicando, por alto, como funciona o tratamento.
Hoje pela manhã fomos, novamente, à reunião de NA. Como é dia dos pais, ele partilhou um pouco sobre a perda do pai, em fevereiro, e sobre como chegou, definitivamente, ao seu último fundo de poço após esse fato.
Depois fomos todos para a casa da mãe dele para um almoço em família. Eu, ele, minha mãe, minha irmã, a mãe dele e minha cachorrinha. Um almoço em paz. Foi como se estivéssemos oficializando essa nova fase, esse recomeço.

Cheguei a pouco em casa, e já estou com saudades.
Na próxima sexta-feira estaremos juntos novamente, se Deus quiser!

Uma ótima semana a todos!

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