Boa tarde!
Passei muitas noites em claro no último ano, chorando muito e rezando, pensando se ele voltaria vivo para casa ou não, ou simplesmente tentando descobrir até quando eu me permitiria viver daquela forma.
Tentava dormir, mas não conseguia. Às vezes descansava os olhos, mas despertava assustada minutos depois, com o corpo tremendo e rígido de tanta dor muscular.
Minhas crises de enxaqueca voltaram com força total, e meu neurologista prorrogou o tratamento.
Foram dias ruins. Eu chorava até perder a força.
E no dia seguinte, cedinho, quando eu chegava no trabalho com os olhos inchados, a desculpa era sempre a mesma: "Dormi mal, estava com muita dor de cabeça!"
Não tenho mais motivos para passar as noites em claro, mas parece que estou fugindo do sono e fico enrolando ao invés de ir dormir... Estou ligada numa tomada de 220 volts!
Isso significa que, mesmo que de uma forma bem mais controlada, ainda estou muito focada em minha vida a partir de meados de agosto até setembro. Algumas ansiedades ainda me atormentam.
Percebi que esse ano não fui capaz de descansar praticamente nada, nem na mísera semaninha de férias que tive. Por mais que eu deseje fazer diferente, acho que só vou conseguir relaxar mesmo quando tudo isso chegar ao fim, quando eu ver que as coisas estão caminhando no curso certo!
Exausta!
E ontem eu voltei a chorar. Não chorei até soluçar ou perder a força, chorei só um tiquinho dessa vez!
Aliás, não foi a primeira vez que chorei como ontem, isso já aconteceu algumas outras vezes.
Mas agora, minhas lágrimas estão sendo de alívio. Um alívio tão grande dentro do meu peito que não tenho como descrever.
Ultimamente nem tenho pedido nada a Deus, mal tenho vontade de pedir. Eu só consigo agradecer por tudo de bom que tem acontecido na minha vida. E quando começo a agradecer, as lágrimas caem.
Estou me sentindo muito feliz!
Não só porque ele está bem, mas porque eu também me sinto bem. Sinto-me forte, centrada.
Não deixei o medo me dominar no dia em que chegamos de viagem e ele retornou sozinho, já de noite, para a clínica. Até tive o impulso inicial de pedir o dinheiro que estava com ele, mas voltei atrás.
Eu sinto que estou conseguindo deixá-lo livre para escolher.
Esse é um dos segredos. Eu não posso sentir-me responsável ou dona das escolhas que ele desejar ou precisar fazer.
É preciso que ele aprenda a caminhar sozinho.
É claro que tenho que estar atenta e não facilitar, mas não posso fazer por ele...
Ele tem que ser responsável por suas atitudes. O máximo que posso fazer é apoiá-lo ou não.
Na verdade, as coisas já estão tomando o curso certo, e isso está me dando cada vez mais força para enfrentar o que vem (de bom e de difícil) pela frente.
Estamos felizes e com planos, que pela primeira vez vejo que serão concretizados.
E é isso que importa!
Então o que eu preciso agora é só descansar!
(Mas tá tão difícil! rsrsrs)
Um grande e apertado abraço...
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