quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Virei formiguinha


Bom dia pessoas...

Quero partilhar algumas novidades. Coisas boas que vem acontecendo em minha vida profissional.

Já contei aqui que no final do ano passado saí da sala de aula e estou trabalhando na parte burocrática da Educação de meu estado (Secretaria de Educação).

Estou gostando muito. É tudo muito diferente do que sempre fiz minha vida inteira.

Aqui, fui convidada para integrar o Comitê de Apoio às Políticas de Prevenção às Drogas. Uma das ações que está sendo trabalhada é a montagem de um Seminário Estadual sobre Drogas, que deve acontecer no final desse semestre.

Além disso, vou iniciar um curso de capacitação sobre Prevenção do Uso de Drogas.

Semana passada recebi um material sobre crack para analisar. Eu não acreditava nas coisas que eu lia. Como um autor é capaz de escrever algo tão ruim? O tempo inteiro ele associa o uso de drogas à marginalidade, trazendo um linguajar pejorativo e até mesmo preconceituoso. Traça um paralelo entre o fim do mundo, filmes de zumbis e usuários de crack. Chega a questionar: “Além da aparência, no que os dependentes de crack e zumbis se assemelham?”. E ainda afirma que foi em 2012 que o crack se espalhou por todo o Brasil. Gente, vocês não imaginam as pérolas escritas naquele livro. Claro que condenei o material. Não para defender os “coitadinhos usuários de drogas”, pois eles não são nada coitadinhos, mas porque para trabalhar esse assunto numa escola a abordagem não pode ter caráter discriminatório, vindo apenas como uma apologia contra o uso, mas sim de maneira instrutiva e informativa, tendo em vista que o uso de drogas lícitas e ilícitas é um tema social pertinente.

Acho que o editor não vai gostar muito do meu parecer! (risos!)

Certa vez, quando postei sobre os 12 passos, meu adicto falou: “É... Você abraçou mesmo o assunto!”.

Sim, abracei! E acho que farei o que eu puder para me sentir útil nessa causa. Comecei por aqui, partilhando minha experiência com vocês, e continuarei no meu trabalho.

Meu serviço de formiguinha!


Beijos...
TMJ!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Minha recaída!

Oi pessoas...

Tudo em paz aqui em casa... Meu amor segue limpo por conta de sua nova vida há 342 dias.
(Genteeee... Daqui a pouco completa um ano!)
Ele está bem, graças a Deus!
Peço a Deus que tantos outros tomem a decisão que ele tomou. Que deixem de lado o medo de renascer e comecem uma vida até então desconhecida para eles. Infelizmente sabemos que os índices de recuperação são baixos, mas precisamos nos prender no fato que são baixos mas não estão 'zerados'!
Esses dias minha cunhada comentou: "Ele só tem 11 meses de vida!"

Mas quanto a mim, sim... É isso... Estou recaída...
Tenho altos e baixos. Fiquei serena por um bom tempo... Mas a vozinha chata tá aqui, gritando no meu ouvido de novo. Que saco!

Já falei aqui um pouco dos meus conflitos da infância. No post - Minhas máscaras - falei de sentimentos profundos que me afligem.
Mas preciso deixar claro, que são emoções que me atormentam não por eu ter uma relação com um DQ, isso me persegue desde criança.

Até o início da minha fase adulta eu escondia e isolava esses sentimentos dentro de mim. Acho que nem tinha consciência do tanto que eu sofria. Nunca fui de partilhar. Eu só me abria por inteiro em meus diários. Comigo mesma! Quem convivia comigo não era capaz de imaginar minhas angústias, pois eu sempre fingi muito bem. E ainda finjo!

Foi somente quando iniciei a terapia, em 2007, que passei a me conhecer melhor. Naquela época descobri que tenho dentro de mim sentimentos que fogem do meu controle.
Assumi minha instabilidade emocional e percebi que eu era dona de um sentimento de autopiedade maior que eu era capaz de supor!
Desde então luto diariamente contra isso.
Aprendi a identificar os sinais de que esses fantasmas estão aparecendo, e às vezes sou capaz de contê-los, mas geralmente não consigo...

O lado bom é que a autopiedade não é mais dona de mim. Deixei de ser vítima do mundo. Entretanto, algumas sequelas permaneceram. Hoje o que vem me atormentar é um sentimento de derrota. Eu não tenho mais pena de mim mesma, mas ainda me deixo dominar por uma sensação de que não sou merecedora das coisas que recebo diariamente. Como se eu soubesse que vou perder tudo a qualquer momento, pois tem que ser assim!

Minha vida está perfeita!
Tenho um emprego estável, que eu amo. Fui promovida. Trabalho com pessoas maravilhosas. Tenho o dom de atrair bons e verdadeiros amigos. Minha mãe é minha vida, e ela e meu DQ vivem em perfeita harmonia (eles se amam!). Meu amor está aprendendo a gozar de uma vida que nunca teve, e segue limpo e tentando aprender um pouquinho de cada vez. Tenho uma cachorrinha e uma gatinha, ambas deliciosamente carinhosas. Tenho um companheiro que é meu melhor amigo. Casa própria. Vejo o mar diariamente quando vou para o trabalho. Estou na academia malhando. Durmo em paz. Estou conseguindo apoiar e ajudar pessoas que precisam de mim... Enfim... Muita paz e felicidade para uma pessoa só. Muitas bençãos!

Mas mesmo assim os fantasmas chegam sem pedir licença!

O outro lado bom disso tudo é que tenho plena consciência de que estou recaída. E isso me serve de impulso para que eu consiga me recuperar mais rápido. Facilita para que eu possa olhar para mim mesma diante do espelho e dizer:
"Acorda, garota... Deixa de ser boba e vai ser feliz!" (risos)

Como eu vi que as coisas estão fugindo do meu controle, falei com minha médica e ela me passou uma medicação para aliviar essa tensão, mas para minha infelicidade, o remédio manifestou o único efeito colateral que não poderia: minha ENXAQUECA gritou!
Ninguém merece! Tive que suspender!
Parece que quando uma coisa dá errada, tudo em volta dá errado também!
(Mais risos!)

E vejo até mais um lado bom nisso... Só o fato de eu estar aqui escrevendo para vocês e assumindo minhas fraquezas, já me ajuda a lutar contra elas.

Enfim...
Preciso seguir adiante... Preciso sair desse buraco negro que estou entrando...
Já tive depressão uma vez e foi horrível. Não quero passar por aquele vale de sombras de novo.
Conto com vocês!
Conto com meu amor...

Um super feliz restinho de dia para todos!


"Ando devagar porque já tive pressa e levo esse sorriso porque já chorei demais..."

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

11 meses - Se eu fosse você


Oi pessoal, bom dia!

Outro dia estava conversando com uma amiga do AE e falei que o tempo está passando rápido. Ela discordou. Disse que no nosso caso, que matamos um leão por dia com nossos adictos, ela acha que o tempo custa a passar, que as 24 horas às vezes são longas demais!

11 meses!
Pisquei e passaram-se 11 meses.
Pisquei e vi 11 flores nascerem na vida dele, uma colhida a cada mês!

Para mim, no início cada dia parecia ter 1000 horas. Realmente custava a passar. Mas agora sinto que minha vida voltou a correr normalmente, de forma mais leve. Não fico mais ansiosa pensando nos minutos em que ele se mantém limpo, ou se ele voltará para casa ou não.
Na verdade, eu me proibi a voltar a viver daquela maneira tensa. Convenci a mim mesma de que se fosse para viver como uma bomba relógio eu não queria!

É claro que no começo não foi tão simples. Ele saiu da clínica, veio direto morar comigo e não estava trabalhando nas primeiras semanas. Sentia-me insegura em deixá-lo sozinho, e ele também estava cheio de medos. Tive receio dele estar me manipulando, tive medo até de estar sendo precipitada. Alguns fantasmas ainda estavam sobre o mesmo teto que eu. Mas foquei, e não permiti que isso me dominasse e segui em frente.

Entreguei e confiei!

Lembro-me de quando soubemos do primeiro amigo que recaiu. Ele me abraçou e disse que sentiu seu corpo tremer. (Graças a Deus esse amigo já se reergueu!)

Mas aos poucos as coisas foram ficando mais leves para mim, o que não quer dizer que eu esteja numa zona 100% confortável em relação à doença dele, ou que eu tenha plena certeza de que ele nunca mais vai usar. A minha única certeza é de que a escolha é dele, e eu não posso fazer nada!

Não posso dizer que para ele as coisas estejam assim também, que os dias corram de maneira normal. Até imagino que não. Acho que talvez o leão que ele mate seja maior que o meu, em relação às escolhas do dia a dia. Mas sei que ele está feliz com seu tempo limpo.
Outro dia brincou: “Estou doido para receber a ficha de um ano!”. Parecia criança esperando por um brinquedo novo.

11 meses... Sim, definitivamente, passou rápido!
Ontem ele falou com um sorriso nos lábios: “Amanhã eu completo 11 meses!”

E cada dia sinto mais orgulho quando o vejo sair para trabalhar, lindo, todo engomadinho e cheiroso; ou quando vejo o zelo que ele tem por seus bichinhos internados; ou quando escuto ele conversando com familiares por telefone; ou quando acordo de madrugada e vejo sua serenidade dormindo, seus pesadelos já não aparecem mais para importuná-lo.

Devagar as coisas foram se tornando mais serenas de forma espontânea. E minha gratidão a Deus sempre será eterna.

Mas é importante frisar que isso não significa que Deus me atende e não atende a você, ou que Deus ama mais a mim que a você, ou que sou mais abençoada. Não... Deus ama a todos nós da mesma maneira. Não pense que Deus não te ouve, pois seu DQ ainda insiste em permanecer na ativa. A diferença é que meu amor escolheu sair das trevas para aprender a viver na luz, permitindo a ação do Poder Superior.

E também não pense que estou vivendo apenas na Primavera. Ainda há um longo percurso a seguir. Ele ainda tem atitudes egoístas/egocêntricas, o que algumas vezes me aborrece. Sua mudança de comportamento ainda tem muito a ser moldada, principalmente no quesito cooperação. Às vezes penso que vou enlouquecer com as bagunças dele (risos).

Gente, vou contar meu desejo secreto: Gostaria que TODOS os homens vivessem um dia a vida de uma mulher!
Tipo no filme “Se eu fosse você”, na qual marido e mulher têm suas personalidades trocadas. Eles formam um casal rotineiro com as divergências comuns. Um dia percebem que estão em corpos trocados e assumem a vida um do outro, tendo que aprender a ver o ponto de vista de cada qual sob um novo ângulo, que até então fora superficialmente sentidos por eles, e que agora, são intensamente vividos.

Acho que para as mulheres tal situação seria mais fácil de ser vivida. Parece que temos esse dom, de sabermos nos colocar no lugar do outro. Deve ser por causa da tal “sensibilidade feminina”. Mas os homens, no geral, não conseguem! Eles ainda acham que nossa vida é mansa!


A diferença (talvez positiva) entre um adicto e um “homem comum”, é que o DQ sabe que precisa ter essa mudança comportamental, pois isso está atrelado à recuperação dele. Observo casos de amigas casadas com esses homens comuns que relatam atitudes de seus companheiros exatamente iguais às de meu bem (ou até piores), porém essas mulheres encaram isso como sendo o “jeito deles”, e nem percebem que a mudança de postura deles seria fundamental para um relacionamento mais saudável.

É o tal do apontar o erro do outro sem olhar para seus próprios. É o tal de achar que “ele age assim com ela, pois teve problemas com drogas”, sem se dar conta que seu companheiro pode estar fazendo igual sem nunca ter usado drogas. É o tal do conceito pré-formado sobre os DQs.
Uma amiga acha que estou na defensiva. Estou certa que não, só estou vendo as coisas de forma mais clara. E o ser humano é, de fato, cruel ao observar os defeitos dos outros, mas não é capaz de assumir os seus.  

Enfim... É por isso que essa diferença pode ser positiva!
O DQ sabe que PRECISA mudar sua postura, o Programa lhe cobra isso, já homens normais não!

11 meses...
337 dias...
Muitas flores!

Só por hoje estou procurando minha serenidade e tentando não me importar tanto com os problemas do mundo, enquanto eu não resolver os meus (tipo, aprendendo a ser um pouquinho egoísta, sabe?).
Só por hoje minha vida está mais que normal.

Desejo horas, dias, meses e anos de paz e serenidade!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Recaída!


Boa tarde e boa semana a todos!

Meus últimos dias não foram muito bons, pois recebi uma visitinha da minha enxaqueca, que veio com força total, mas já estou melhor. Graças a Deus. Essas crises me acompanham desde os 10 anos de idade, mas eu, em minha teimosia, às vezes deixo de fazer o que eu deveria fazer quando aparecem os primeiros sintomas, e quando vejo já estou derrubada no quarto escuro. Enfim...

Hoje eu quero falar um pouco de escolhas, e indiretamente, falar sobre a minha concepção de livre arbítrio.

A vida é feita de escolhas mesmo. E a responsabilidade por colher os frutos daquilo que se plantou é inerente de cada sujeito. Quando amamos muito uma pessoa, nos damos o direito de opinar sobre a vida dela, de expor nossa opinião sobre aquilo que julgamos certo ou errado, essas coisas. Mas isso não quer dizer que temos o direito de escolher por ela. Situação essa que é comum aos codependentes.

É importante também entender que as minhas escolhas devem ter um único objetivo: A MINHA SATISFAÇÃO PESSOAL!

Até pouco tempo atrás eu fazia minhas escolhas pensando em agradar ao outro, e quando algo dava errado eu me frustrava e responsabilizava esse outro por minha infelicidade. Eu cresci colocando minhas alegrias nas mãos de todo mundo, menos nas minhas. Hoje penso em agradar a mim mesma, o que me levou a um amadurecimento gigantesco.  Assim foi quando decidi reatar com meu amor.
Minha mãe, em sua enorme sabedoria, não aprovava nossa relação, o que seria esperado de qualquer mãe que viu sua filha sofrer com um usuário de drogas na ativa, mas ela sempre respeitou minha decisão. Cheguei a pensar em como seria ter que fazer algo contra a vontade de minha mãe, mas fiz mesmo assim, pois era minha felicidade que estava em jogo. E depois disso Deus providenciou a reconciliação dos dois quando fui internada, e hoje eles são apaixonados um pelo outro.

Muitas vezes as pessoas são julgadas por suas escolhas, mas as mesmas pessoas que julgam não param para olhar se as escolhas que elas próprias fizeram agradaram ao mundo! Só eu posso decidir o que é bom para mim. É claro que essa regra só vale quando estou em condições perfeitas de minhas faculdades mentais.

No que diz respeito ao livre arbítrio, penso que é um direito que Deus nos deu de escolher o caminho que desejamos seguir. Se é o caminho certo ou o errado, não importa. E Deus não vai me impedir de segui-lo, mesmo que eu faça a escolha diferente do que Ele planeja para mim.  Deus não nos impõe nada, Ele apenas nos mostra, cabe a cada um de nós decidir se vamos acatar. A partir do momento em que eu disser: “Pai, diga-me como agir, cuida dos meus caminhos, orienta-me a fazer as escolhas certas”. Aí sim, Deus irá “se meter” na minha vida, mas mesmo assim eu posso não aceitar os direcionamentos Dele.

Um usuário de drogas escolheu entrar nessa vida, e é o único responsável pelas consequências, contudo, não cabe a ele, e nem a Deus, decidir se irá desenvolver a doença da adicção ou não, pois isso é orgânico. Em função disso, quando chega ao grau máximo da doença, o DQ pode perder o seu livre arbítrio.

“O que as pessoas, em sua maioria jovens, buscam e sonham encontrar é totalmente divergente daquilo que realmente encontram. Procuram aventura e liberdade, e acabam presos na mais amarga das prisões.” (Superando o cárcere da emoção – Augusto Cury – pág. 56)

Mas mesmo assim a decisão de parar de usar, assim como a decisão de manter-se limpo e em recuperação, deve ser do indivíduo.

Quando a gente se mete na vida alheia, mesmo que essa vida seja próxima a nossa, erramos tentando acertar. A doença da codependência faz com que mães, esposas, irmãs(os) e demais pessoas próximas ao DQ desejem, a todo custo, decidir por ele sobre sua recuperação. Eu agi assim por um bom tempo, e de nada adiantou, pois ele ainda não havia feito à escolha.

Só por hoje ele está limpo há 334 dias não porque eu, a mãe dele ou qualquer outra pessoa pediu, mas porque ele quer! Ele escolheu, ele desejou.


Ontem pela manhã estivemos na clínica. Meu amado sempre gosta de passar por lá. E fiquei pensando em tantas coisas enquanto eu observava, de longe, meu amor conversando com os companheiros. Pensei em como deve ser difícil, em quantos tormentos a mente deles não deve ter que superar. Em quanto eles desejam ver o outro bem quando estão no mesmo propósito. Pensei também em quanto tenho que agradecer a Deus por ter me dado forças para continuar, pois hoje sou feliz com ele. Pensei no quanto ele ainda tem obstáculos a vencer, em como o tempo passou rápido, em quantas vezes achei que não veria ele bem, em quantas vezes pedi a Deus que o trouxesse vivo para casa, em como é bom vê-lo feliz. E em mais uma infinidade de coisas!

Um amigo querido, que recebeu alta alguns dias depois dele, recaiu no início desse mês e eles conversaram bastante. Desnudaram-se: “Ele me contou sobre o que o levou a isso. Percebeu onde errou. Eu também me abri com ele. Tivemos uma partilha boa, como há muito tempo eu não partilhava. Foi muito bom.”

Graças a Deus assim que percebeu o que havia feito teve coragem suficiente para pedir socorro e voltou para a clínica. Cheguei a conversar um pouquinho com ele também e fiquei muito orgulhosa por ele ter voltado. Dei-lhe um abraço apertado e um beijo!

Um outro amigo, que luta há anos contra o vício em cocaína, também voltou para lá. Arrasado, destruído, humilhado, envergonhado, sem forças. Como é triste ver isso! Ver a dor estampada em sua face, e ao mesmo tempo ver a fraqueza por não conseguir lutar da forma como deve... Mas também fiquei feliz por saber que ele tomou a decisão de voltar, e dessa vez, tomou a decisão sozinho! Mas ele não me deu liberdade de aproximação para dar-lhe um beijo e um abraço e dizer que estou na torcida. 

A escolha de tentar usar “só mais um pouquinho” foi deles, o livre arbítrio foi deles, e as consequências por isso também.
Há uma diferença entre a RECAÍDA e voltar à FASE ATIVA. Por exemplo, meu amor ficou internado numa fazenda em 2011 e teve sua primeira recaída um mês depois que saiu. Em seguida ele teve outras espaçadas por cerca de 30 dias. A partir daí, a frequência foi aumentando, ou seja, já não era mais recaída, e sim a fase ativa de volta.

Quando a recaída acontece, o DQ, ao perceber as consequências do que fez, precisa lutar contra si mesmo para não deixar que essa recaída traga a fase ativa de volta. Penso que seja um momento horrível na vida deles, principalmente depois que conheceram o Programa de NA. Eles olham para si mesmos e percebem que jogaram todo seu tempo limpo pela janela, assim como a confiança nos familiares que estavam novamente conquistando.

“É fundamental não deixar que pensamentos negativos, tais como, ‘Eu não tenho a solução’ ou ‘Voltou tudo de novo’ criem raízes na psique, caso contrário, um sentimento de desânimo paralisará a capacidade de lutar. O grande problema não é a recaída, mas o que se faz com ela.
...
Uma recaída nunca deve ser encarada como a perda de uma guerra. Uma guerra é composta por muitas batalhas. Uma recaída deve ser encarada como a perda de uma das batalhas.” (Superando o cárcere da emoção – Augusto Cury – págs. 44 e 45)


Eu não sei como eu reagiria se meu amor recaísse hoje, e prefiro nem pensar. Na verdade, prefiro nunca descobrir (risos!), mas sei que não estamos imunes a isso. Mas, numa situação dessas, o que mais me preocuparia, é em saber como ELE reagiria se recaísse. Sei que não há nada que eu poderia fazer, somente ELE decidiria se seria uma recaída ou um retorno a fase ativa.
Hoje ele tem plena consciência de onde está errando em sua recuperação, e é livre para escolher o que vai fazer para mudar isso. O livre arbítrio é dele.

Escolhas... Livre arbítrio...

Só por hoje eu escolho fazer o que me deixa feliz. Só por hoje entrego minha vida a Deus e peço a ele que me conduza...
Só por hoje estamos felizes e serenos!
Amém!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Ziriguindum de paz!

Ziriguindum... Ziriguindum... Ziriguindum... 

O ziriguindum de 2013 chegou ao fim...

O carnaval é uma época do ano associada a festas, bebidas, azaração, etc...
Muitos se comportam como se o mundo fosse acabar. E às vezes acaba mesmo para alguns!
Eu já vivi carnavais cheios dessas coisas todas.
Inclusive, foi num carnaval que conheci o meu amor - em 1999.

Até hoje lembro-me nitidamente de como ele estava vestido. E sou capaz de rever a cena em câmera lenta diante de mim.
Uma amiga que o conhecia, que é da mesma cidade dele, o apontou e disse:
"Amiga, olha aquele carinha ali... É o Fulano... Ele é uma gracinha, não é?"

Era de tarde, fazia calor, ele estava sem camisa, queimado de sol, bêbado, com uma bermuda amarela, óculos escuros de lente espelhada, uma lata de cerveja na mão, embaixo da sombra de uma castanheira. Um típico playboy!
Eu estava sobre a mesma sombra, mas em cima de um banquinho de madeira, mais ou menos uns 5 metros de distância.
O trio elétrico estava passando com uma música ensurdecedora...


E eu olhei!! Só isso... Olhei... E ele retribuiu o olhar...
Mas sinceramente não sei se 'me viu', digamos assim...


Contudo, foi só uma troca de olhar, nada aconteceu. Eu estava meio enrolada com outro carinha. Somente alguns meses depois é que fomos nos conhecer de verdade.

Hoje cedo, quando abri meus olhos e o vi deitado ao meu lado, ainda dormindo, essa cena me veio a cabeça e perguntei a Deus se era um sonho...

E então meu amado resmungou: "Que horas são, amor?"

E eu vi que não era sonho não... rsrsrs...

Obrigada, meu Deus!


O carnaval de 2012 foi tão diferente.
Meu amor estava completamente na ativa. E eu, naquela fase desesperadora, contando os dias que ele conseguia se manter limpo.
Eu vivia como um radar, tentando captar o tempo inteiro sinais de que ele iria decidir parar de usar!
Eu não dormia em paz, não respirava, não me concentrava em outra coisa que não fosse a maldita droga. Meu corpo tremia o tempo todo, minhas crises de enxaqueca retornaram.
Eu já estava chegando no meu limite e sabia que não suportaria aquilo por muito tempo mais. Estava tomando forças para dar um basta e seguir minha vida. 
Horrível!

Estávamos em Minas, na casa da irmã dele, na tentativa de fugir das festas e tumultos de carnaval. Foi um feriadão delicioso. Curtimos os sobrinhos dele, cachoeira no Caparaó e programas de família. E eu cheguei a ver uma luz no fim do túnel quando ele disse que eu era seu maior estímulo para parar de usar. Mas é claro que essa luz só ficou acesa enquanto estávamos lá.
Logo depois ele teve a desculpa que precisava, o pai faleceu...
E alguns dias após veio o fundo de poço e a internação!

Sagrada internação!
Foram seis meses para o renascimento. O meu e o dele!

E 2013 veio com a promessa de ser diferente.
Principalmente no que diz respeito a mim em relação a ele.
Não vivo mais com os fantasmas. Meu corpo parou de tremer. Não tenho dúvidas que ele chegará em casa. Não penso em esconder nada. Não me assombra se ele recusar a ligação do celular (sei que é porque está em atendimento). O radar parou de funcionar...
Estou em paz!
Graças a Deus! Graças mesmo!!

Mas é claro que, por um algum tempo, sei que tenho que ficar atenta. E ele também!
Ele ainda é inseguro com valores altos de dinheiro, além de desorganizado financeiramente, e por isso prefere deixar comigo.
Quanto a mim, apenas duas situações ainda me deixam um pouco insegura:
1- Deixar o carro com ele para percursos longos;
2- Viajar e deixá-lo sozinho.

Na verdade, acho que é mais para manter uma 'zona de segurança' do que o medo, propriamente dito.
Mas sei que se ele quiser usar, não será isso que vai impedir...


Tivemos um carnaval tranquilo.
Meu amor trabalhou no sábado e na segunda. E nos dias de folga fomos para uma praia deliciosa, limpa e livre de folias, onde uma tia tem casa...
Até namoramos uns terrenos lá com vistas mais que deslumbrantes...
Planos...
Minha mãe adorou a ideia!
Assistimos desfiles, fomos juntos à missa e ficamos por conta do fazer nada
Ontem a noite ele foi ao Grupo... E paz!

Como não ser grata a Deus?


Esses dias eu falei com meu amor que o carnaval, vivido de forma intensa e descontrolada, nunca foi meu maior prazer.
Não que eu nunca tenha curtido dessa forma... Mas eu estava ali, naqueles locais, mais por aceitação social entre meus amigos do que por gostar de verdade.
(Até porque, eu sempre detestei o tal do trio elétrico!)
Em 36 anos, acho que participei de 3 ou 4 carnavais desses...
Não posso dizer que não tenha sido divertido, mas não era meu programa predileto!

Depois que assumi para mim mesma que não gostava muito das insanidades que acontecem nessa época, passei a usar esse período para fazer algo que quase não dá tempo de fazer durante o ano: DESCANSAR!
Já deve ter quase uns 10 anos que tem sido assim...
E continuará sendo...


Entre o Natal e o Carnaval acontecem muitas recaídas de adictos que estão em recuperação.
É uma fase de tumulto na cabeça deles. Muitas festas associadas a bebidas e drogas.
Sei que há por ai, muitos sofrendo e usando nesse momento...
Sei que há também muitos familiares sofrendo tanto quanto eles, ou até mais...
Sinto muito por isso...
Gostaria de dizer que há algo que possamos fazer, gostaria de dizer que há uma receita ou fórmula mágica, mas infelizmente não há...
Somente eles podem decidir entre a vida ou a droga e suas consequências...
Então só nos resta mesmo esperar e confiar!

No mais... desejo paz e serenidade a todos...
Desejo dias de recuperação aos DQs e aos codependentes...
Desejo amor e felicidade!
Desejos bençãos do Poder Superior...




sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Superando o cárcere...


“... Não encontrei até hoje um único usuário de drogas que me dissesse que sua vida era um oásis de prazer, mas encontrei diversos que me disseram que ela se tonou um deserto sem sabor.

Por que muitos usuários pensam em suicídio? Por três grandes motivos: 1º) perdem a capacidade de sentir prazer pela vida; 2º) não adquirem habilidade para trabalhar suas perdas e frustrações; 3º) não sabem suportar nenhum tipo de ansiedade e humor deprimido.

Os usuários de drogas comportam-se como se fossem os mais fortes dos homens, pois, se necessário, colocam suas vidas em risco para obter a droga, mas no fundo, são frágeis, pois não suportam nenhum tipo de sofrimento. A dor emocional é um fenômeno insuportável para eles. A dor que qualquer velho ou criança suporta, eles não suportam. Por isso, buscam desesperadamente uma nova dose de droga para sentir alívio. Nesse sentido, muitos usuários, após ficar dependentes, usam as drogas como tranquilizantes e antidepressivos, ainda que elas sejam ineficazes.

Quanto mais se envolvem nesse círculo vicioso, mais se deprimem. Quanto mais fogem da solidão, mais solitários ficam. Quanto mais fogem da ansiedade, mais se tornam parceiros da irritabilidade e da intolerância. Nos capítulos iniciais de sua relação com as drogas, vivem a vida como se ela fosse uma primavera incansavelmente bela, mas, nos capítulos finais perdem todas as flores que financiam o encanto da existência e transformam-na num inventário inesgotável. Nas primeiras doses sentem-se imortais, zombam do mundo e o acham careta, mas com o passar do tempo matam-se um pouco a cada dia. Definitivamente, usar drogas é um desrespeito à própria inteligência.

A questão das drogas é muito mais séria do que a questão moral ou jurídica a elas atinentes. Elas não devem ser usadas porque são proibidas e nem somente porque trazem prejuízos físicos, mas porque encerram a emoção num cárcere, esfacelam o sentido da vida e destroem o mais nobre dos direitos humanos: a liberdade.

A sabedoria de um homem não está em não errar e não passar por sofrimentos, mas no destino que ele dá aos seus erros e sofrimentos. (págs. 38 e 39)
...

...Sábio não é a pessoa que não erra, não se frustra e nem sofre perdas, mas é aquela que aprende a usar suas dificuldades como alicerce da sua sabedoria. (pág. 15)
...

...Nenhum tratamento pode ser coroado de sucesso se os pacientes não enriquecerem sua história emocional e fortalecerem sua capacidade de administrar seus pensamentos.

Muitos prometem que nunca mais irão usar drogas. Uns dizem: “Pelos meus filhos, jamais voltarei a usar drogas”. Outros prometem: “Pelos meus pais, jamais voltarei a usar drogas”. Outros ainda, tomando as lágrimas como seu endosso, proclamam: “Drogas não fazem mais parte de minha vida”.
Todos são sinceros nessas afirmações? Sim. Mas por que não as sustentam? Porque não conhecem o funcionamento da mente, não compreendem a sinuosidade da construção do pensamento, não sabem que nos focos de tensão suas inteligências são travadas e tornam-se impossibilitados de raciocinar com liberdade.
...

...Deixo um recado aos que nunca usaram drogas, um recado não moralista, mas de alguém que conhece um pouco o cárcere da emoção e pesquisa o funcionamento da mente: não é preciso usar drogas para saber seu efeito; se alguém insiste em usá-las, procure a opinião daqueles que querem se libertar delas... (pág. 45 e 46)...”
(Superando o cárcere da emoção - Augusto Cury)



Oi pessoal...
Tudo bem por aqui. Graças a Deus!

Alguns trechos selecionados acima batem com o que meu amor sempre fala sobre o condicionamento da mente que ele aprendeu a praticar durante sua internação. Uma vez que o DQ aprende a praticar esse condicionamento sua recuperação pode alavancar.

Nós, codependentes, também precisamos aprender a condicionar nossos pensamentos e nossos impulsos, principalmente àqueles que nasceram em função da adicção deles. Por isso esse livro também é interessante para todos que, de alguma forma, estão presos às suas emoções, basta adaptar a leitura para nossa realidade.

Por exemplo, depois que ele saiu da clínica, eu poderia continuar a viver com aquela angústia pensando, 24 horas por dia, se ele usaria ou não, se ele voltaria para casa ou não, e todos aqueles pensamentos assombrosos; ou poderia me desligar disso e recomeçar, aceitando que agora a vida é outra, e que a droga não está mais aqui. Só por hoje eu escolhi a última opção!

Mas ainda preciso aprender a me dedicar mais a mim mesma. Aliás, independente dele ou de sua adicção, passei minha vida no estilo Madre Tereza de Calcutá, preocupando-me mais com o outro que comigo mesma. Graças a isso, levei um puxão de orelha da minha psicóloga! (Merecido, diga-se de passagem!).
E então, na reunião da semana passada no Amor Exigente coloquei como meta me matricular na academia. Contrariei todas as minhas vontades (detesto as futilidades comumente vistas nas academias) e fiz quase duas horas de aula de Zumba ontem!
(Ameeeei... Hoje tem mais!)

Eu preciso, de verdade, colocar minhas vontades para fora, coisa que nunca fiz. E estou lutando para isso. Tipo, preciso voltar a fazer coisas de mulherzinha, sabe?
Quer coisa mais gostosa que sentar entre amigas e falar somente de coisas deliciosamente fúteis e úteis a nós mulheres? Pois é... Sábado passado foi assim...  Enquanto os homens fizeram a parte deles indo para a reunião, e depois ficaram vidrados na frente da TV vendo MMA até às 4 horas da manhã; as mulheres se juntaram e falaram de tudo e mais um pouco. Foi muito bom... Havia muito tempo que eu não fazia isso!

Enfim...
Viver é deixar viver.

Lembro-me de minha tensão nessa época no ano passado. Eu mal respirava...
E agradeço a Deus pela serenidade que estou hoje.
Sabemos bem como essa época é complicada para os DQs, principalmente para os que estão na ativa, mas mesmo assim, desejo, de coração, um final de semana de paz interior a todos independente das escolhas de seus adictos.

Beijos.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Tudo bem de verdade...


Oi pessoal.
Ando sumida, eu sei. Estou postando menos que gostaria, perdoem-me, mas é por causa da correria do dia a dia. (Ufa!)

Muita paz...
Felizes...
Entramos em sintonia de verdade.

Hoje cedo discuti com uma amiga, o que me deixou muito chateada. Ela acha que estou na defensiva quando conversamos, e eu acho que ela está com olhos de julgamento. Quem está certa ou errada, não importa agora. Acho que ambas temos as duas parcelas, e ficaria ainda mais triste se nos afastássemos.

Talvez eu não consiga, aqui no blog, expressar bem com minhas palavras o quanto sou feliz com meu DQ. Talvez minhas falas em relação aos desentendimentos que tivemos tenham se sobressaído e hoje, quem parar para ler não consegue perceber que estamos bem de verdade, que nos completamos, que somos mais que homem e mulher – somos cúmplices. Talvez, como a Poly sempre diz, as pessoas não acreditam que é sim possível viver feliz ao lado de um adicto. Algumas conseguem até ser feliz com ele na ativa, não é o meu caso, mas muitas conseguem.
Não estou dizendo que minha amiga não acredite que sou feliz com ele, mas que essa visão talvez possa prevalecer.

Ele errou comigo sim, e muito, não vou passar a mão na cabeça dele, mas isso não quer dizer que erra sempre. E também não quer dizer que somente ele errou. Eu também cometo erros graves.

Como eu disse no post  – Minha Máscaras –  tenho uma instabilidade emocional que às vezes me assombra, crio fantasmas dentro de mim. E, ultimamente, é com eles que ando me preocupando.
Meu amor segue limpo há 320 dias. Sua frequência nas reuniões ainda está fora do ideal, mas ele está lutando diariamente por sua sobriedade. Deixei a recuperação dele por conta DELE. Ainda ontem ele falou que sempre viveu na lama e que hoje deseja muito construir algo. E está dando certo, ele está bem consigo mesmo.
Agora é a hora que eu preciso me preocupar com MINHA recuperação emocional. E é o que estou fazendo.
Falei sobre essas angústias na minha última sessão com a psicóloga e na reunião do Amor Exigente da semana passada, e tive uns retornos que me ajudaram muito.

Estou lendo um livro do Augusto Cury chamado “Superando o cárcere da emoção”. Ele aborda os aprisionamentos emocionais a que nos submetemos e traça um paralelo com a dependência química, pois os DQs são eternos prisioneiros de suas emoções.

“O cárcere da emoção é gerado pelo estresse, ansiedade, dependências e fobias que bloqueiam o prazer de viver e a ansiedade.”
  
Muito estou me identificando nas colocações dele, e percebo que minhas emoções ainda estão aprisionadas, por isso tenho tantas dificuldades em superar meus traumas. Tenho praticado exercícios terapêuticos comigo mesma e acho que terei sucesso.
No livro ele fala que “ninguém pode ser livre e feliz se for prisioneiro de si mesmo... e que... quando uma pessoa supera sua depressão, ansiedade ou síndrome do pânico, fica mais inteligente e experiente”. (Indico a leitura a todos!)

Foi assim quando minha psicóloga me mandou apontar minhas qualidades. No início foi tenso, mas depois consegui praticar!

Meu amor, com seu jeito leve (e debochado) de levar a vida, acaba me ajudando sem perceber, pois ele ‘me obriga’ a não olhar apenas para a luz apagada da árvore. Nem sempre concordo com as colocações dele, mas reflito a respeito.

Estamos nos divertindo e aprendendo com nossas falhas.
Estamos mais próximos e aprendendo a identificar as limitações de cada um.

Outro dia fomos convidados pelo jornalismo local para dar uma entrevista sobre nossa história, pois poderíamos ser exemplos para outras famílias que passaram ou passam pelo fantasma das drogas. Contudo, eles queriam uma entrevista com foto e preferimos não nos expor ainda.
Não por temos receio de alguma coisa, ao contrário, tanto eu quanto ele, somos muito bem resolvidos quanto a esse assunto, e nunca sofremos de ninguém qualquer atitude preconceituosa, nem mesmo no trabalho dele, onde TODOS sabem tudo que ele aprontou lá dentro, mas mesmo assim o receberam muito bem. O problema é expor o seu trabalho e sua chefia aos clientes. Enfim... Achamos que ainda é cedo.
Quem sabe mais tarde!

As coisas estão caminhando de forma reta.

Suas amizades são outras, graças a Deus. São pessoas saudáveis e que não irão oferecer-lhe drogas, bebidas e mulheres para se divertir. E, em paralelo, formou-se o grupo das esposas e namoradas...
Quase todas vivendo a fase da primavera.
Ótimo!
Enfim... Nossa relação está sendo construída em terreno firme.
Enfim... Sou feliz de verdade com ele.
Nascemos um para o outro!

Só por hoje vou me preocupar com minha recuperação para não permitir que isso atrapalhe minha relação com meu amado...
Só por hoje vou ser feliz e leve...

Beijos a todos...


PS: Amiga, te amo muito, sempre! Você faz parte da minha história e da minha vida, acredite nisso! Obrigada por cuidar de mim. bjs