"Os doze passos Nar-Anon sugerem vida, movimento... É um chamado que nos leva a abandonar o marasmo de uma estagnação que nos tem transformado em meros repetidores de atitudes que não são nossas, de escolhas que também não são nossas, em ritmos que não são nossos, em direção a metas que nos são impostas pela mídia, pelos modismos, pelo mundo. Esse é um chamado diferente!
É no acolhimento humano, caloroso e respeitoso de um grupo de iguais que começamos a acreditar e sentir a poderosa presença de um Poder Superior amoroso e, juntos, fortalecidos e confiantes, compartilhamos e nos entregamos com boa vontade à Sua orientação nessa jornada.
Mas, nossa humanidade / nossas dificuldades se revelam ainda grandes e recaímos, repetindo o que achávamos que estava superado em nós! Pouco a pouco, nesse processo amoroso, substituímos nossa humilhação pelos tropeços em humildade e aceitação, o que nos traz paz interior! Pedimos então a essa força gentil, que nos acompanha e cresce em nós, que nos ajude a continuar.
Com esse início de entendimento de nós mesmos, podemos agora ter um novo olhar para nossa história. Podemos fazer uma releitura de nossa vida e de nossas relações. E nos advém, então, o desejo, a necessidade, de repararmos o que fizemos a nós e aos outros.
Para ser coerente com esse propósito amoroso e libertador, precisamos nos conduzir com calma, paciência, perseverança, respeito às particularidades de cada um de nós, com a alegria de estarmos a caminho!
É uma caminhada individual, mas que não fazemos sozinhos!"
(Anônimo)
Esse texto foi retirado do Boletim Informativo Nacional do Nar-Anon (Edição Outubro-Dezembro/2013). Achei de uma pureza e uma simplicidade tão grande que senti a necessidade de compartilhar com quem não teve acesso ao mesmo. São palavras profundas, sinceras e verdadeiras.
A Reunião de ontem foi perfeita, uma das melhores que já participei. Tinha pouca gente, mas as partilhas foram cheias de sabedoria e amor.
Temos uma nova companheira, que é de SP e mudou-se recentemente para o ES. Ela falou coisas tão profundas ontem, tão cheias de sabedoria e amor, que muito me fizeram bem ouvir...
Fizemos a reunião em torno dos Lemas e da 1ª Tradição:
"Nosso bem estar comum deve vir em primeiro lugar. O progresso pessoal do maior número de membros depende da unidade"
Somos responsáveis apenas por nossa recuperação, temos controle apenas sobre nós mesmos, sobre nossas vidas, e nada mais. E a primeira tradição vem nos deixar isso bem claro, que precisamos pensar no nosso bem estar. Isso não é egoísmo, é o desligamento com amor.
Mas ao mesmo tempo, em uma sala, cuidamos uns dos outros. Nossas partilhas nos ajudam, nos tornam pessoas melhores. Em uma sala somos um grupo, mas ao mesmo tempo, somos um só!
Isso é o que chamamos de unidade de grupo!
Eu ainda erro bastante, e isso significa que ainda não deixei esse Programa Espiritual tomar conta, por inteiro, da minha vida. E ontem eu vi, claramente, onde eu mais estou errando: eu ainda crio expectativas em relação às escolhas 'do outro' (independente de quem é o outro). Escolhas essas que eu não posso controlar, escolhas essas que eu sou impotente.
Mas ontem eu aprendi que vivenciar o Programa não significa que não tenho o direito de errar, de sofrer, de chorar, de me sentir confusa... Preciso parar de me cobrar da forma que me cobro, afinal, errar é humano. O que eu não devo é deixar esses sentimentos me dominarem, pois quando eles me dominam, eles me corroem, me destroem e me levam ao sentimento de auto-piedade.
Eu sou muito grata a esse Programa maravilhoso, a essa sala que me acolheu e que me mostrou o quanto sou amada pelo Poder Superior, o quanto sou importante. Eu sou muito grata a tudo que recebo diariamente. E sou muito grata às palavras que ouvi ontem.
Só Por Hoje eu posso aceitar minhas limitações e buscar o desligamento com amor.
Que a paz e a serenidade de um Poder Superior amoroso esteja com todos!
Beijo grande!