Boa tarde!
De volta a realidade...
O fim de semana foi muito bom, passamos três dias grudadinhos e conversamos bastante.
Cheguei por volta das 16h de sexta-feira na clínica. Foi ótimo revê-lo.
Fomos direto para casa, e a mãe dele esperava por nós.
Eu estava calma e sem medos de que algo desse errado. O sentimento de "sempre alerta" não me acompanhou.
A sensação de que ele poderia estar com vontade de usar, ou armando algo para fazer de madrugada, ou ainda tentando me manipular nem passou perto de mim.
Graças a Deus.
Ele conversou com a irmã por telefone, assistimos TV, formos dar uma volta rápida numa feirinha, enfim...
Ele ligou para o irmão mais novo (por parte de pai) e disse que o amava muito, desculpou-se pelas "besteiras" que fez ultimamente, e disse que quer passar mais tempo com ele, o irmão retribuiu as palavras. Meu bem conversava com ele andando de um lado para o outro no quarto, e mal conseguiu terminar o assunto de tanta emoção. Ele chorou bastante e me abraçou. Disse que quer muito que o irmão vá assistir sua alta.
Ele também sempre se emociona ao falar do sobrinho, diz que nunca foi exemplo para o menino, e que quer muito reparar todo o mal que causou. Que sabe que o garoto sempre acreditou nele, mas que ele nunca conseguiu ser um bom tio.
Falamos de muitas coisas. Ele contou de como se sente em relação a algumas situações, algumas culpas. Como está aprendendo a lidar com isso sem desejar fugir da realidade e responsabilidades.
Ele não ficou desconcertado ao voltar para casa, o mesmo ambiente onde ele usava drogas, mas preferimos dormir em outro quarto, para evitar recordações ruins.
Meu amor costuma ter muitos pesadelos durante o sono. Na primeira noite, ele acordou de madrugada muito agitado e nervoso, e demorei um pouco a acalmá-lo. E logo ao amanhecer, ele voltou a sonhar. Estava chorando muito, nervoso, e foi ainda mais difícil conseguir mostrar-lhe que era só um sonho. Mas dessa vez não foi um pesadelo, ele estava sonhando com o irmão e se emocionou.
Falamos, mais uma vez, de nossa vida a dois. Disse a ele que tenho medo de que ele apenas pense que deseja isso, mas que, no fundo, ainda hajam reservas. Ele conseguiu me tirar qualquer insegurança em relação a essas coisas.
Ele contou sobre a dor que causou à sua ex-companheira, que não sabe como será capaz de reparar isso, e que não quer mais cometer os mesmos erros.
Conversamos bastante sobre essas reparações e que elas acontecerão na hora certa, sem pressa.
Mas ele estava aflito quanto a uma pessoa. Uma antiga cliente, uma senhora muito boa e que o ama demais. Ele chegou a procurá-la, bêbado, pedindo ajuda. Ela o acolheu.
Fomos até a casa dela no domingo. Ela ficou muito feliz ao vê-lo e o abraçou demais. Ele sorria e agradecia em uma frase, e chorava e abraçava em outra. Foi muito bonito!
Meu amado está ciente das provações que virão, das situações dignas de levá-lo a cair em tentações, e das armadilhas em que pode se colocar. Isso é bom.
Ele fala que quer sempre ter essa relação de diálogo que conquistamos, e que isso, certamente, vai ajudá-lo a se livrar das dificuldades.
Deixei-o na clínica por volta das 19h de domingo.
Semana que vem nos veremos novamente.
Uma boa semana a todos e fiquem com Deus!