Gratidão...
Essa é a palavra que tomou conta de meu vocabulário e que não canso de repetir um único momento da minha vida.
Começo esse post falando de meu renascimento, meu processo de transformação.
Sim, ele está acontecendo.
Em doses homeopáticas, mas, no meu caso, acho que assim funciona melhor.
Os seres vivos são passíveis de transformação. No mundo animal, as transformações acontecem com muita frequência. Os animais se transformam por instinto, por sobrevivência, por renovação...
Um processo que sempre me causou muito encantamento é o de troca de pele das serpentes. Acho lindo!
As cobras mudam de pele periodicamente, e essa renovação deu a elas o posto de símbolo da saúde (já reparou que as serpentes são o símbolo da medicina?).
Eu imagino que seja um processo que tenha algum tipo de incômodo e, talvez, até um tiquinho de dor. A pele começa a soltar a partir do focinho e depois a cobra vai roçando o corpo em alguma superfície áspera para soltar o restante.
Outro dia eu li que se a cobra estiver bem de saúde a pele solta inteira, se a pele sair aos pedaços é porque algo está errado com ela (não sei a veracidade dessa informação).
Fiz uma analogia a nós, seres humanos (ditos superiores).
O homem, diferentemente dos outros seres, se transforma apenas se sentir o desejo de se transformar. E eu estou sentindo esse desejo!
Como um belo exemplo de codependente nata, dar início a um processo de transformação, e aprender a direcionar o foco para mim mesma, sempre foi algo difícil e dolorido. Ou seja, como nas cobras, significa que algo não estava bem.
Entretanto, hoje está doendo menos. A pele está saindo inteira.
(Será que agora sou como uma cobra saudável?)
Confesso que a mudança ainda me assusta um pouco. O "novo" me assusta, mas não vou permitir que isso me impeça de seguir adiante.
Confesso que estou enamorada pela situação que estou vivendo com o sujeito 100% diferente, rsrss...
Ontem brinquei com ele que somos como água e vinho!
"...
Eu quero você assim,
Água e vinho, diferente de mim
Eu gosto de você assim,
Do começo ao fim
Nós somos completos, Matisse ou Picasso
Nós somos opostos, o pulo e o passo
Juntos distantes, planetas à parte
Você é a Terra e eu sou Marte
..."
(Capital Inicial)
É claro que ainda é muito cedo para qualquer coisa, qualquer exposição de sentimento, qualquer palavra antecipada, qualquer expectativa, qualquer plano.
Ainda é cedo!
Ainda é cedo, principalmente, para dizer que são reais alguns dos versos da canção acima.
Mas não é cedo para afirmar que está me fazendo muito bem.
Estou muito feliz!
Sentir-me valorizada, especial, importante.
Ser elogiada, apesar de minhas incontáveis trapalhadas.
Ser colocada em primeiro plano.
Gargalhar quando descubro mais alguma diferença absurda.
Tudo isso está me fazendo sorrir aos ventos.
E, por isso, percebi que aquele lindo balanço da última postagem, que Deus preparou com muito amor para eu me sentar e sentir a vida, acabou ficando pequeno...
Precisei de um balanço maior.
Afinal, por que não convidá-lo a sentar-se ao meu lado?
Ou melhor, por que não aceitar que ele se sente ao meu lado, já que é o que ele demonstra desejar?
Resolvi me permitir.
Paz e serenidade!