quarta-feira, 3 de abril de 2013

Enquanto houver sol...

Oi pessoas!

Tudo bem por aqui... Ou melhor, quase tudo bem...
Já não é novidade que ando recaída já há algum tempo. Ando melancólica e enfiada num casulo completamente lacrado. Às vezes acho que não vou dar conta de mais nada e penso em desistir. Não consigo me sentir segura.

Passei uma hora e trinta minutos na primeira sessão com meu terapeuta na semana passada, sentada numa cadeira elétrica levando choques cada vez mais intensos!
Foi maravilhoso. Ele "gritou" diante de mim, sem a menor cerimônia, mais verdades que já me eram conhecidas, mas que insisto em fingir que desconheço.

"Você se comporta exatamente igual a um dependente químico, sem se drogar. Sua droga é ele. Você vive em função dele. Precisa parar com isso, senão vai adoecer..."

"E parar de usar droga é muito fácil, é só você mudar sua vida inteira!"

"Aprenda a ser mulher..."

Ele, com toda a delicadeza de um ogro, capaz de colocar o Sherek no chinelo, dirigiu-se "carinhosamente" a mim, e disse ainda:

"... E quer saber mais? Você está querendo assumir o papel de Deus. Você está querendo controlar tudo... Caraca... Aprenda a entregar, deixa Deus tomar a frente de tudo..."

Me fez muito bem voltar a conversar com ele.
Mas, como uma típica adicta (cuja droga é "o outro"), fugi de mim mesma, fugi do sugerido e, mais uma vez, fiz tudo errado!! Está sendo muito difícil para mim conseguir sair do casulo, e foi mais cômodo  permanecer nele. Não consegui seguir os direcionamentos como deveria.
Liguei para ele hoje cedo, ainda antes de vir para o trabalho, e ouvi mais verdades:

"Olha só... Você age exatamente da mesma forma que ele. Vem até mim, me pede direcionamentos, mas faz o contrário do que digo!"

Eu me sinto sozinha, mesmo sabendo que não estou. Tenho medos e necessidade de proteção. Ele diz que, por mais que eu não admita, isso é auto-piedade. Mas, eu juro que se for mesmo, é inconsciente. Eu tenho me sentido apavorada e parece que um sentimento de inércia não me permite seguir em frente.
Tô cansada disso.

Tenho absolutamente TUDO que pedi a Deus, mas não estou conseguindo retribuir. E ele me manda mais uma:
"Dizer que não consegue é o mesmo que dizer que não quer..."

É, ele está certo!
Preciso aprender a me concentrar no sol, assim como fazem os girassóis, minhas flores preferidas.

Beijos estalados e floridos!



Enquanto houver sol


Quando não houver saída

Quando não houver mais solução
Ainda há de haver saída
Nenhuma ideia vale uma vida 
Quando não houver esperança
Quando não restar nem ilusão
Ainda há de haver esperança
Em cada um de nós, algo de uma criança

Enquanto houver sol, enquanto houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol, enquanto houver sol

Quando não houver caminho
Mesmo sem amor, sem direção
A sós ninguém está sozinho
É caminhando que se faz o caminho
Quando não houver desejo
Quando não restar nem mesmo dor
Ainda há de haver desejo
Em cada um de nós, aonde Deus colocou

Enquanto houver sol, enquanto houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol, enquanto houver sol


3 comentários:

  1. Moça...não vou dizer que seu terapeuta ta certo..pq vc aj sabe...rs..olha as coisas boas que vc é..uma professora...que tem a "missão" de ensinar...olha que lindo...vc disse uam vez que te chamaram pra fazer parte de um projeto de prevenção de drogas..olha que fantastico...se dedique a vc..vc consegue..é dificil...mais vc consegue..eu substitui minah dedicação ao Du...pelo blog...pelo grupo do FAce..faça o que vc gosta o renascimento é lento..assim mesmo não se culpe mais

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  2. Estranho um terapeuta agir assim. Geralmente eles fazem perguntas que nos fazem descobrir a resposta, e não nos enfiam as respostas guela abaixo. Assim ele vai acabar fazendo com que vc não queira mais seguir o tratamento. Não que o que ele falou seja errado, mas me espanta vindo de um terapeuta. Parece mais coisa de amigo.

    Estou escrendo um blog tb: http://carolcodependente.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. Oi Carol...
      Na verdade ela tá abordando e tratando a codependência, que é uma doença tão grave quanto a DQ.
      Ele tem que usar uma abordagem dura, pra me mostrar a realidade do que estou fazendo comigo mesma, entende?
      Existem diferentes linhas de tratamento terapêutico, cada um segue um fio.
      Ele vai pela linha comportamental, de condicionamento da mente.
      Tipo: "se eu sei que agir assim me faz mal, porque continuo agindo? Precisamos aprender a condicionar nossos pensamentos para deixar de viver assim."

      Bjs

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