Amor a primeira vista...

Oi pessoas...

Setembro está aqui...

Gostaria de estar escrevendo mais, mas a minha vida está muito corrida. Tenho viajado pelo menos uma vez por semana a trabalho e fico exausta.

Mal estou conseguindo me deliciar com a espera da primavera. 

As viagens são por conta dos Seminários Regionais de Prevenção às Drogas nas Escolas. Em junho tivemos um Seminário estadual, cujo objetivo era se desdobrar nos regionais (11, no total).

A ideia central dos Seminários é incentivar o trabalho em rede nos municípios, ou seja, caso a escola se depare com esse problema, como, quando e onde encontrar ajuda? Como acionar os CAPS? Ministério público? Conselho tutelar? Patrulha escolar? etc...

Já tivemos dois seminários e o próximo será dia 17, terça-feira. Estão sendo muito proveitosos. E estou muito feliz!

Ontem tivemos uma reunião com o Secretário Estadual de Educação para dar a ele uns retornos, e ele me perguntou os motivos que me levaram a entrar no Comitê. Eu lhe disse que tenho um DQ na família (não disse quem era), e quem em função disso adoeci, e então eu resolvi estudar o assunto e fazer a minha parte no que diz respeito a prevenção. Ele me deu um sorriso e me elogiou. Fiquei muito lisonjeada com o reconhecimento dele.

Além dos seminários, estou fazendo um curso de capacitação em tabaco, álcool e outras drogas. O curso é na modalidade EAD, mas está bem puxado, o que é ótimo pois nos força a estudar, não dá para responder praticamente nada por dedução. Estou adorando e aprendendo bastante.

Mas vamos aos fatos...

Ele não está aqui comigo há quase 24 horas...

Estou com saudades, pois ficamos pouco tempo juntos essa semana, eu viajei de terça para quarta, e hoje ele não está aqui.

Mas sei que ele vai voltar!

Calma... Está tudo bem!

Ele foi para o ENCONPASSOS - Encontro de aprofundamento dos 12 passos.

Ano passado eu participei com ele de um encontro desses. Foi muito bom, me ajudou a compreender melhor os 12 Passos e como eles funcionam.

Clique aqui, leia o post e veja como foi.

Esse ano nenhuma das namoradas que eu conheço participaria, então eu achei que não teria o menor sentido eu ir. Além do mais, quero que ele cuide sozinho de sua recuperação. Assim como eu é que vou cuidar da minha. Não quero fazer papel de babá, estou me policiando muito quanto a isso. Ele precisa aprender a andar com suas próprias pernas. Ele é um dependente químico, e não uma criança! 

Eu ainda erro um pouco por algumas ansiedades que carrego. Tenho procurado respirar mais antes de agir, ser paciente comigo mesma, manter a serenidade.

Eu sempre fui condicionada a depositar meus sentimentos, bons ou ruins, nas mãos do outro. Hoje eu sei que ninguém, além de mim mesma, é responsável por meu sucesso ou meu fracasso. O maior auto-controle que preciso buscar hoje é não permitir que minha mente fértil me traia novamente. Às vezes meus pensamentos fluem até a um mínimo passo da insanidade. 

Nesse momento eu rezo!

Ele está aprendendo a buscar por Deus. Em doses homeopáticas, mas está buscando.

Está mais consciente, conversando mais comigo. Vai às reuniões sem precisar ser cobrado, e eu também não quero cobrar!

Uma coisa que ele me sinalizou, é que eu estava usando os desabafos e partilhas que ele me fazia como armas contra ele quando discutíamos. Eu, sem perceber, usava o que ele me falava, para tentar atacá-lo ou culpá-lo de algo.

Ele estava certo! Eu não tenho esse direito. Como posso ser amiga dele se eu uso o que ele me confidencia contra ele?

Estamos conseguindo manter a paz e a serenidade! Graças a Deus!

Outro dia ele desabafou que anda se sentindo meio irritado, sem paciência e que não sabe o motivo.

E então eu fiz apenas o que eu poderia fazer: escutei-lhe! 

Eu não tenho tentado mais controlá-lo. E nem permito que pensamentos negativos direcionados recaídas me assombrem.

Mas hoje cedinho, quando ele saiu de casa, uma insegurança me apertou o coração. Eu não fiquei achando que aconteceria, mas o fato dele estar indo sozinho, de carro e com dinheiro me desestabilizou momentaneamente. Eu o abracei, disse que o amava muito, e não consegui segurar uma lágrima.

"Eu confesso que, lá no fundo, estou insegura. É mais forte que eu, desculpa. Mas estou repetindo para mim mesma, sem parar, que não tenho controle."

E ele se foi...

Não temos como nos falar, pois lá não pega celular. Incomunicável!!!

Ao longo do dia não me senti perturbada ou com medo. Foi apenas naquele instante. Passou...

Entreguei nas mão de Deus, pois somente Ele está a frente de tudo.

Agora, meu coração está bem apertado, mas é de saudade. Detesto dormir sem ele!

Dependência e codependência caminham juntas...

Ambas são doenças ligadas ao psicológico e ao emocional que necessitam de tratamentos e muito cuidado. Ambas podem nos levar a cometer atitudes insanas, a perder o controle de nossas vidas, a deixar de lado o espiritual.

Tenho certeza de que, assim como eu, ele não quer se trair novamente. Não queremos chegar ao ponto em que chegamos.

Está bom demais viver em paz e feliz!

Eu o amo, e tenho certeza absoluta de que ele é o homem da minha vida.

Ontem eu lhe falei que cheguei a conclusão que me apaixonei por ele desde a primeira que o vi, naquele carnaval de 1999.

Eu não tinha essa noção, mas agora tenho certeza.

Depois daquela época nossas vidas seguiram seus cursos, ambos tivemos outros relacionamentos, outras histórias, outras paixões, caminhos completamente distintos, mas, é impressionante, a imagem dele quando o vi pela primeira vez é muito nítida diante de mim. Aquela visão SEMPRE esteve presente em minhas memórias. Ao longo desses anos, muitas vezes eu me lembrava, do nada, daquele momento. Eu o vejo diante de mim como se fosse hoje.

Quem foi que disse que amor de carnaval não pode ser verdadeiro?

Ou que amor a primeira vista não existe?
Sim, é isso!
Eu o amo desde aquele carnaval de 1999, quando o vi pela primeira vez...

E eu o aceitei com suas limitações e não me arrependo, afinal, eu também sou limitada, não sou nada perfeita.

Só por hoje, ótimas 24 horas a todos!