domingo, 19 de maio de 2013

A vida tem contrários

Oi pessoas,

Tirando a febre que me fez companhia por quatro dias, por aqui as coisas caminham em paz, graças a Deus.


Sim, estou em falta... Não tenho conseguido postar como gostaria. Acho que nunca corri tanto na minha vida, rsrs... Estou trabalhando de forma produtiva. Algumas vezes tenho que cumprir agendas externas, viajando pelos municípios do estado para as Superintendências Regionais de Educação. É bem cansativo, pois, dependendo do local, a gente vai e volta no mesmo dia...

Meu bem segue limpo, feliz e muito dedicado ao trabalho, sua grande paixão.
A fase em que ele trabalhava de forma compulsiva, como se quisesse fugir de tudo e do mundo, passou já tem algum tempo. Graças a Deus. Ele aprendeu a dosar as coisas, e tem ficado mais em casa.

O DQ leva uma vida intensa, ativa, isenta de limites. Tudo para eles é vivenciado de forma compulsiva. E, a medida que eles decidem ter uma vida normal, leva algum tempo para eles entenderem que as coisas não precisam ser assim, que as coisas podem ser dosadas, moderadas... Devagar eles aprendem!
Mas o aprendizado será mais eficiente se vier sem cobranças, sem pressão, de forma natural.
Falo isso por mim, pois esse foi um dos meus maiores erros, forçá-lo a "aprender" as coisas da vida rapidamente. Acabei fazendo com que ele pulasse etapas...

Coisas da codependência.

Já até falei isso aqui, consegui me desligar em relação a adicção, mas não me desliguei do resto todo. Coloquei meu foco aonde não precisava colocar e adoeci.
Foi então que a codependência gritou dentro de mim. Adoeci mais.
Senti dor...
Magoei e fui magoada...
Cresci e amadureci ainda mais...

E agora as coisas estão bem comigo. Quem dera eu pudesse dizer que "Estou curada da codependência!". Claro que não... Não há cura para isso, há controle. Hoje eu consigo perceber quando começo com atitudes e pensamentos insanos. Infelizmente, nem sempre eu os domino a tempo. E depois, vem uma dor que só quem já sentiu sabe compreender.

A codependência é uma doença que nos trás sentimentos contrários, de altos e baixos, de alegrias e tristezas. Já até cheguei a pensar: "será que sou bipolar?".
Minha vida é maravilhosa.
Sou feliz na maior parte do tempo, tenho saúde, emprego, casa, família, amigos perfeitos, bichos, paz, fé, um homem que eu amo.

O que aconteceu comigo então?
Às vezes tenho medos, às vezes me sinto forte.
Às vezes quero sumir, quero dormir... Mas não durmo...
Às vezes acho que tudo vai sair do eixo, que tudo vai explodir dentro de mim,  e às vezes acho que a serenidade é minha melhor amiga.

A ansiedade me dominou. Ando pisando em ovos!
Estou me cobrando como nunca me cobrei, em todos os campos da minha vida. Sinto-me pressionada por mim mesma. Sinto pânico só de pensar na possibilidade de errar... Não estou me permitindo errar por medo. Isso não é nada bom...

Justo eu, que sempre incentivei meus alunos, que sempre mostrei a eles como os erros são importantes para nosso aprendizado. Que o problema não é errar, é decidir o que fazer com o erro.
Justo eu, que sempre incentivei meu amado, na fase ativa, quando ele errava sempre, a não desistir, que não tinha problema ele errar. Recomeçamos tantas vezes...

Sentimentos contrários...
Força e fraqueza...
Alegrias e tristezas...
Fé e medo...
Isso é a codependência, que se for controlada, fica leve de ser tratada...

Contrários 
Só quem já provou a dor
Quem sofreu, se amargurou
Viu a cruz e a vida em tons reais
Quem no certo procurou
Mas no errado se perdeu
precisou saber recomeçar
Só quem já perdeu na vida sabe o que é ganhar
Porque encontrou na derrota algum motivo para lutar
E assim viu no outono a primavera
Descobriu que é no conflito que a vida faz crescer
Que o verso tem reverso
Que o direito tem o avesso
Que o de graça tem seu preço
Que a vida tem contrários
E a saudade é um lugar
Que só chega quem amou
E o ódio é uma forma tão estranha de amar
Que o perto tem distâncias
E o esquerdo tem direito
Que a resposta tem pergunta
E o problema, a solução
E o amor começa aqui
No contrário que há em mim
E a sombra só existe quando brilha alguma luz.
Só quem soube duvidar
Pôde enfim acreditar
Viu sem ver e amou sem aprisionar
Quem no pouco se encontrou
Aprendeu multiplicar
Descobriu o dom de eternizar
Só quem perdoou na vida sabe o que é amar
Porque aprendeu que o amor só é amor
Se já provou alguma dor
E assim viu grandeza na miséria
Descobriu que é no limite
Que o amor pode nascer



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